Libras é a abreviação para língua brasileira de sinais, a língua expressiva (gestual) utilizada na comunicação de pessoas surdas no Brasil e segunda língua oficial do país. A libras não é uma transposição da língua portuguesa para sinais, mas sim uma língua independente, com sintaxe, semântica e morfologia próprias.
Justamente por isso, muitas pessoas surdas têm dificuldade para entender e se alfabetizar em português. Então, há uma escrita de sinais, conhecida como SignWriting, que é formada por símbolos alusivos aos sinais da libras.
Tradução e interpretação em libras
Sendo português e libras línguas diferentes, podemos falar em tradução e interpretação da libras. Assim como em outros pares de idiomas, a diferença é que a tradução em libras envolve um texto escrito (em SignWriting ou outro idioma) e a interpretação acontece quando há discurso expressivo (seja oral ou gestual).
Assim, algumas possibilidades de tradução envolvendo libras e SignWriting são:
Libras: idioma escrito
Libras: SignWriting
Idioma escrito: SignWriting
Interpretação em libras
Já a interpretação acontece entre as línguas expressivas, ou seja, entre libras e algum idioma falado (por exemplo, português oral).
Os intérpretes na linguagem de sinais (TILS – Tradutores e Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais) agem como intermediários, presentes na construção da interlocução. Eles transmitem não apenas o discurso do palestrante, mas também devem captar e transmitir suas expressões e entonações, dando a ênfase necessária para que ocorra o total entendimento da mensagem a ser transmitida.
Outras línguas de sinais
É importante registrar que, assim como o Brasil tem a libras, outros países também têm seus próprios idiomas gestuais. Então, é possível fazer a interpretação ou tradução da língua brasileira de sinais para a língua americana de sinais (ASL), língua gestual portuguesa (LGP) e outras.
Também existem métodos de comunicação para pessoas surdocegas. Um exemplos é a libras tátil, quando as mãos do surdocego são colocadas sobre as mãos do intérprete para que o surdocego possa sentir os movimentos da libras. Também existe o tadoma, método em que o surdocego põe a mão no queixo e lábios do intérprete, para entender a mensagem através da vibração das palavras e dos movimentos labiais.
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