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Qual a origem do alfabeto latino?

Atualizado: 12 de set. de 2019

O alfabeto latino, também conhecido como alfabeto romano, é o sistema de escrita alfabética mais usado do mundo. Quase todas as línguas da Europa ocidental e central, além das áreas colonizadas por países europeus, usam esse alfabeto. Ainda assim, entre as dez línguas mais faladas do mundo, apenas três o empregam: o português, o espanhol e o inglês. Mas você sabe como o alfabeto latino surgiu e foi evoluindo até chegar ao que conhecemos hoje?


origem do alfabeto latino

Surgimento


O alfabeto latino começou a ser adotado pelos romanos no século VII a.C. Ele derivou do alfabeto etrusco, que, por sua vez, teve origem no grego. A princípio, o alfabeto romano tinha 21 letras: A, B, C, D, E, F, Z, H, I, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, V, X. Entre esses caracteres havia variações de letras romanas: por exemplo, o C era uma variação do gama, e representava os sons /k/ e /g/. O G foi introduzido no lugar do Z, que foi excluído no século III a.C. por não representar nenhum som romano. A letra acabaria voltando ao alfabeto no século I a.C., quando Roma conquistou a Grécia. Além do Z, o Y foi adicionado, passando a ser usado para a escrita de palavras com radicais gregos.


As últimas três letras que compõem o alfabeto latino atual foram adicionadas na Idade Média: o J, o U e o W. O J surgiu para diferenciar o uso do I com som de consoante. Da mesma forma, o U foi introduzido para diferenciar o uso do V com som de vogal. E o W surgiu para representar sons germânicos.


O alfabeto usado pelos romanos tinha apenas letras maiúsculas (ou caixa alta). As minúsculas, ou de caixa baixa, surgiram na Idade Média. As antigas letras romanas foram mantidas em inscrições formais e para dar ênfase em documentos. As línguas que usam o alfabeto latino geralmente empregam maiúsculas no início de parágrafos, frases e nomes próprios, mas as regras variam de acordo com o idioma. Em inglês, por exemplo, as nacionalidades devem ser iniciadas em caixa alta, e em alemão os substantivos começam em maiúsculas.


Expansão e evolução


Conforme o Império Romano se expandia, o alfabeto latino acompanhava. Assim, ele saiu da Itália e se espalhou ao redor do Mediterrâneo. As terras do império no Oriente continuaram a usar o grego, enquanto que na parte ocidental o latim passou a ser empregado. Assim, as línguas românicas, que derivam do latim, usam o alfabeto latino.

Na Idade Média, a difusão da Igreja aumentou o alcance do latim. Os falantes das línguas germânicas, celtas, bálticas, urálicas e de parte das línguas eslavas, como o polonês e o tcheco, adotaram o alfabeto latino. Já na idade moderna, com as grandes navegações, o alfabeto alcançou outros continentes, levado pelos colonizadores. Hoje, ele é hegemônico na América e em boa parte da África subsaariana e da Oceania, e está presente inclusive na Ásia. Já no mundo eslavo, ele compete com o cirílico, de acordo com questões políticas e religiosas. Com a dissolução da União Soviética, em 1991, algumas repúblicas substituíram a escrita cirílica pela latina.


Por causa da importância da escrita latina no atual cenário internacional, várias línguas que adotam outros alfabetos ou sistemas de escrita têm padrões oficiais para transcrição de seus idiomas, em um processo que é chamado de romanização. É o caso, por exemplo, do japonês, do mandarim e do tailandês.


Hoje, o alfabeto latino padrão contém 26 caracteres. É esse o sistema usado na língua portuguesa e no inglês. No entanto, há diversas variações de acordo com os idiomas em que é usado. Assim, são criadas fusões de letras, modificações e extensões para que a escrita se adapte a cada contexto.


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