A definição oficial de um poliglota é alguém que fala várias línguas. Em geral, a palavra é usada para descrever quem é fluente em pelo menos quatro idiomas. Mas existem também os “hiperglotas”, termo que se refere a pessoas que falam mais de dez línguas. Para saciar sua curiosidade, separamos alguns fatos inusitados sobre poliglotas.
Não precisa ser novo para aprender
Até pouco tempo atrás, muitos neurocientistas pensavam que a infância seria o melhor período para aprender uma nova língua e se tornar fluente nela. No entanto, estudos já mostram que isso pode não ser a verdade completa: nossa capacidade de aprender idiomas diminui apenas um pouco conforme envelhecemos. Portanto, nunca é tarde para começar a estudar!
Preservação da memória
Aprender uma nova língua exige muito de todos os nossos sistemas de memória: a processual – que programa os músculos para os pequenos movimentos exigidos na pronúncia –, a declarativa – que faz com que lembremos de fatos –, e a “implícita” e a “explícita” – que fazem com que as palavras e estruturas estejam sempre na ponta da língua. Por mexer tanto com nossa memória, o aprendizado de um novo idioma é um ótimo exercício para o cérebro, e vários estudos já demonstraram que ele melhora nossa atenção e nossa memória. Além disso, de acordo com uma pesquisa da Universidade de York com imigrantes, falar dois idiomas pode adiar em até cinco anos o aparecimento de casos de demência. Para quem falava três idiomas, o diagnóstico vem cerca de seis anos depois, enquanto que, para quem é fluente em quatro ou mais idiomas, a doença pode ser adiada em até nove anos.
Encontro de poliglotas
Todo ano, poliglotas do mundo inteiro se reúnem no Polygloth Gathering, que costuma contar com cerca de 500 participantes. O encontro de 2018 aconteceu em Bratislava, na Eslováquia, entre 30 de maio e 3 de junho. Para participar, não precisa ser poliglota: basta ser um entusiasta do aprendizado de línguas.