A população mundial caminha para o incrível número de 8 bilhões de habitantes, espalhados por centenas de países, com culturas e línguas diferentes. Você já se perguntou qual a origem dos idiomas falados atualmente? Essa é pergunta-chave da Linguística, a ciência que estuda a evolução das línguas.
Há muito tempo essa questão intrigante é pesquisada em busca de uma resposta sobre a existência de uma língua original, da qual todas as outras seriam derivadas. É muito difícil chegar a uma conclusão definitiva sobre o assunto, pois não existem documentos que remetam a um passado tão remoto. Algumas religiões têm sua própria explicação, como a história bíblica da Torre de Babel. Segundo o Antigo Testamento, a multiplicação dos idiomas teria sido um castigo imposto por Deus aos homens, que tentavam construir uma torre que chegasse até o Céu.
Os linguistas fazem suas pesquisas baseados na similaridade de determinadas palavras de idiomas diferentes como forma de estabelecer conexões entre eles. Um exemplo fácil de perceber é como as palavras “lacte” e “nocte” em latim viraram “leite” e “noite” em português. Dessa forma, pode-se concluir que o português seja derivado do latim.
A teoria mais aceita hoje em dia para a origem dos idiomas ocidentais é a que remete a duas famílias originais de idiomas: o Indo-Europeu e o Indo-Iraniano. Do ramo Indo-Europeu se originam os idiomas germânicos (alemão, inglês, holandês, sueco), românicos (latim, italiano, português, francês, espanhol), eslavos (russo, polonês) e helênicos (grego). O ramo Indo-Iraniano deu origem ao persa, hindi e outros diversos idiomas. Você pode se aprofundar mais na evolução da língua portuguesa em nosso post específico sobre o assunto. A maioria dos idiomas orientais tem origem no ramo chamado Sino-Tibetano, de onde derivam o mandarim, birmanês, cantonês, tibetano. O japonês apresenta similaridades com o coreano e o turco, embora muitos linguistas acreditem que essas línguas não possuam uma origem comum.
A ilustradora Minna Sundberg fez um trabalho maravilhoso de colocar os idiomas ocidentais em um gráfico com cada ramificação mostrando como as línguas são relacionadas baseada nas informações do site Ethnolog. Apesar de nem todas as línguas estarem listadas, a árvore mostra de forma bastante didática a evolução de diversos idiomas, como pode ser visto abaixo:
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